quarta-feira, 6 de maio de 2015

Volta UNE!


Olá amigos!

Hoje queria abordar um assunto muito importante, porém, encontra-se em total desconhecimento para os brasileiros e principalmente aos estudantes, independente se seja ensino fundamental, médio ou superior, que é a UNE.  A União Nacional dos Estudantes tem um valor imensurável para o Brasil e teve grande influência em movimentos que se tornaram históricos para a nossa nação.
A UNE teve um papel importantíssimo na década de 40, onde onde defendeu o fim da Ditadura Militar do Estado Novo de Getúlio Vargas,  defendendo a posição contra o Nazifascismo, pedindo a ruptura do Brasil com os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

Na década de 50, durante o governo de JK, estudantes realizam campanha contra o aumento da passagem de bondes no Rio de Janeiro.  A UNE lutou contra as  multinacionais, por exemplo a American Can Company, empresa norte-americana que ameaçava a indústria brasileira de lataria (1957) e a campanha contra as assinaturas pelo Brasil dos Acordos de Roboré, preconizada por Roberto Campos, atendendo aos interesses da multinacional Gulf Oil (1958).



Em 1960 o movimento estudantil ganha mais corpo. Os estudantes se organizam e fundam seus diretórios centrais dos estudantes (DCE) e diretórios acadêmicos (DA), e reforçou sua ação no campo da cultura com a criação do Centro Popular de Cultura.

No ano de 1990 a bandeira do Fora Collor foi aprovada no Congresso da UNE de 1992, realizado em Niterói.  O movimento organizado ganhou uma cobertura nacional o que o transformou no principal motor na campanha pelo impeachment. As passeatas reuniam centenas de milhares de pessoas, com destaque para Rio de Janeiro e São Paulo (que chegou a reunir 500 mil pessoas em 25 de agosto de 1992). O final da jornada de luta estudantil foi um alívio: ao contrário do que ocorrera com as Diretas-Já, o impeachment foi aprovado e o presidente afastado.

Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a União Nacional dos Estudantes manteve firme oposição ao neoliberal no país, repudiando as privatizações e o capital estrangeiro, e apelando para melhorias nas políticas sociais e com a educação, sempre defendendo o ensino público de qualidade e democrático.

Hoje, encontramos uma UNE com seus olhos amordaçados, ouvidos tampados e olhos vedados. Onde não se manifestou em nenhum momento quando o Governo anunciou o corte de 7 bilhões da educação. Visto isso, os alunos indignados com esse silêncio, decidiram criar a Oposição de Esquerda da UNE, cujo o objetivo de fazer com que a UNE, seja o que foi a décadas atrás, atuante, forte e que seu objetivo seja o bem da nação.

Oposição de Esquerda da UNE, é compostas por alguns movimentos, como: Rebele-se, Rua Juventude Anticapitalista, Juntos, Vamos a Luta e Jsol, todas compostas por jovens que buscam o melhor para a nação.  Que estão em luta com a atual diretoria, para restaurar o real objetivo da UNE,  de ser a temida União Nacional do Estudantes que acreditava que o Brasil tem condições de se tornar uma nação que seja aceitável ao seu povo. 



Na minha faculdade, nós do DCE, criamos uma chapa para a eleição dos delegados – Contrição Coletiva – .

Acontece da seguinte forma:
 Monta-se as chapas, onde terão aqueles que representam a atual UNE e a chapa da Oposição.
 Dentro das chapas são decididos os alunos que irão concorrer a delegados (são as pessoas que poderão votar para a nova diretoria da UNE), que a cada mil alunos, deve ser eleito um delegado, ou seja, se uma faculdade tem 26 mil alunos, ela terá 26 delegados.
 Os demais (que não estão concorrer a delegado) alunos irão votar naqueles que acharem melhor.
 Em um congresso nacional no qual é chamado deConUNE, ocorre a eleição da nova diretoria, onde os delegados que foram eleitos em suas faculdades irão votar.

E esse processo acorro em todas as universidades do país, sejam públicas ou privadas. E no momento essa é a nossa luta, eleger o máximo possível de delegados para que possamos retirar a atual diretoria do controle da UNE, e com isso, ter-la novamente como deve ser, atuante, forte e que seu objetivo seja o bem da nação.


Eu ainda tenho esperança em um Brasil novo, e as pessoas, em especial a juventude, que tem essa capacidade. Pois aqueles que estão no poder, estão envelhecendo e um dia vão morrer, e a nova geração irá assumir. Cabe a nós buscar essa mudança, pois os velhos políticos – os corruptos – ,  que não querem ver essa mudança, estão passando seus legados as seus filhos, seja de sangue ou apadrinhados. Cabe a nós, juventude brasileira, assumir o lugar que nós é por direito, e fazer as devidas mudanças.






Artigo escrito por Demóstenes Ramos

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