segunda-feira, 25 de julho de 2016

TEXTO DE ESCLARECIMENTO AO PROJETO DE LEI DO DEPUTADO FEDERAL JAIR BOLSONARO (RJ) – ESCOLA SEM PARTIDO

#EscolaSemPartidoÉDitaduraMilitar


É notório que hoje vivemos em uma sociedade intolerante em diversos pontos, reflexo vindo da educação informal, seja ela da família ou de observação de tais práticas opressoras, com isso formando uma identidade agressiva a tudo que for o oposto de correto para a família do aluno, tudo que fuja de seus valores morais. Mas até aonde esses valores formam um ser humano?
Imagem retirada da internet
O projeto de LEI Nº 867/2014 proposto pelo Deputado Jair Bolsonaro – RJ, venha aumentar ainda mais a probabilidade da desconstrução de tais valores opressores “dados” por algumas famílias, sendo estes trabalhados de forma pedagógica nas escolas, através mesmo dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – exemplo, a questão de gênero.
Essa questão já é apresentada no Artº 1 no princípio de número VI- direito dos pais a que seus filhos menores não recebam a educação moral que venha a conflitar com suas próprias convicções. O que seria isso para Jair Bolsonaro? 
A escola não trabalha nada que venha futuramente agredir a sociedade, já dizia Paulo Freire que é preciso libertarmos o oprimido através da Pedagogia, entretanto, o oprimido, diferente do “padrão” social de muitas famílias não merece respeito segundo este projeto, seria muito inocente da parte do deputado achar que o mesmo não irá sofrer agressões físicas e/ou verbais dentro da escola, pois a escola não tocará no assunto (seja religioso, político ou a respeito do gênero ou raça)- algo bem improvável – pois os supostos valores da família não estaria sendo abalado por um professor.
O resultado maior desta “mordaça” seria visto no dia a dia, pois assuntos como machismo, homofobia, intolerância religiosa, entre outros, não estaria sendo trabalhados na escola, incentivando ainda mais a agressões aos cidadãos com opiniões e escolhas diferentes.
Já no Art. 2º que diz assim: É vedada a prática da doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória, de conteúdos que possam estar em conflito com as convicções morais dos estudantes ou de seus pais.
Então se a família do aluno ensinar que uma mulher deve ser escrava de um homem, ou que cidadãos que optem por mudança de gênero devem ser agredidos, excluídos ou quaisquer outras práticas opressoras, pois sua crença e/ou valores ensinam isso, e a escola – local de formação de prática cidadã como relata em objetivo da Educação Básica na LDB 9394/96 – Capítulo III | Seção I | Artº 22 – não pode interferir? De certa forma o projeto vem interessar certa da parte da sociedade, todavia, todos compõem esta sociedade, logo, merecem respeito, e essa transformação social é construída dentro da escola em parceria com a comunidade escolar.
Este projeto nada mais é que uma mordaça para os professores e uma alienação social aos estudantes, que visa nada mais favorecer aos atuais governantes deste país, pois uma escola que não discuti política, que não debate diversidade, e muito menos respeito, tornam seres técnicos, incapazes de pensar a analisar sua conjuntura, deixando-o sem perspectivas sociais, mas sim, individuais.
Precisamos barrar esse projeto de Lei, a educação não pode ser um instrumento alienador e opressor deste país.
Diga não ao projeto “escola sem partido”, pois isso, é uma ditadura militar contemporânea.

Nenhum comentário:

Postar um comentário